segunda-feira, 8 de junho de 2015

LANÇADO OFICIALMENTE O PACTO PELO PANTANAL.




Assista a reportagem sobre o evento que aconteceu no Parque Mãe Bonifácia, na
Semana do Meio Ambiente em Mato Grosso - Cuiabá.







AMBIENTE

Pacto propõe o desenvolvimento sustentável das áreas de cabeceira dos rios que desaguam no Pantanal

ROSE DOMINGUES
Assessoria/Sema-MT


A maior área de contribuição hídrica do Pantanal fica nas porções altas (cabeceiras) dos rios Paraguai, Sepotuba, Jauru e Cabaçal, que fornecem cerca de 30% das águas que mantêm o pulso de inundação da planície pantaneira. Com a proposta de desenvolvimento sustentável, nesta segunda-feira (08.06) às 08h30 será assinado, no Casarão do Parque Mãe Bonifácia, o documento ‘Pacto das Cabeceiras’ com os prefeitos de 25 municípios que abrangem as cabeceiras do Pantanal, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Além da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), a iniciativa integra outras sete secretarias de Estado para ações em diversas áreas. 

O superintendente de Recursos Hídricos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Nédio Pinheiro, explica que o pacto teve início em 2013 e já possuiu algumas ações concluídas ou em andamento, entre elas a instalação de biofossas, curso de capacitação para tratoristas e experiências de PSA, que são pagamentos de serviços ambientais em Mirassol D’Oeste e Tangará da Serra. Também já houve a adesão da Prefeitura de Barra do Bugres, que se comprometeu a recuperar duas nascentes, a planejar a recuperação de Áreas de Preservação Permanentes (APPs) do município e buscar mecanismos para adequação ambiental de até 10% das estradas rurais até 2020. 






“A integração das demais secretarias é muito importante porque a recuperação de estradas, por exemplo, precisa ser feita da maneira adequada, respeitando os cursos d’água, evitando voçorocas e preservando outros recursos ambientais, como fauna e flora.” 

Em seguida à assinatura, haverá uma entrevista coletiva com a secretária Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, secretário-geral da ONG WWF-Brasil, Carlos Nomoto, diretor do Instituto Ação Verde, Vicente Falcão, e dos prefeitos de Diamantino e Lambari D’Oeste. A proposta é mostrar a importância do Pacto no fortalecimento das 70 instituições locais do setor público, privado e sociedade civil organizada de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul para a construção de um desenvolvimento econômico, ambiental e social que garanta água em quantidade e qualidade para todos os usos, inclusive para a manutenção da vida aquática. Cada entidade que aderir ao Pacto se compromete voluntariamente a implementar inicialmente em sua localidade pelo menos três ações que preservem as nascentes e os rios até 2020.
 

A área de atuação do Pacto abrange os seguintes municípios: Alto Paraguai, Araputanga, Arenápolis, Barra do Bugres, Cáceres, Curvelândia, Denise, Diamantino, Figueirópolis D´Oeste, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Lambari D’Oeste, Mirassol D’Oeste, Nortelândia, Nova Marilândia, Nova Olímpia, Porto Esperidião, Porto Estrela, Reserva do Cabaçal, Rio Branco, Santo Afonso, São José dos Quatro Marcos, Salto do Céu e Tangará da Serra.
 

Reino das Águas 

Com uma área de 624.320 km2, a bacia do Alto Paraguai se espalha pelo Brasil (62%), Bolívia (20%) e Paraguai (18%). Além de manter o fluxo hidrológico do Pantanal, a bacia oferece abastecimento de água para as cidades da região, onde vivem pelo menos 3 milhões de pessoas (entre os dois estados). O Pantanal é a maior área úmida do planeta, que abriga uma rica biodiversidade e fornece serviços ambientais essenciais, como o suprimento de água, a estabilização do clima e a conservação do solo. São as cabeceiras que possibilitam a inundação de quase 80% da parte baixa, mantendo os processos ecológicos e a paisagem cênica pantaneira, onde vivem 4,7 mil espécies catalogadas, das quais 3,5 mil plantas, 565 aves, 325 peixes, 159 mamíferos, 98 répteis e 53 anfíbios.


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